domingo, 8 de junho de 2008

AFINAL EM QUE FICAMOS?

08 Junho 2008 - 00h30 -Correio da Manhã
Polémica: Inscrições de militantes não avançaram

Perdidos no PSD


A polémica em torno da inscrição de militantes no PSD está longe de ficar esclarecida. Além de Paulo Rangel, que insiste em ser filiado, Eduardo Catroga foi outro dos novos militantes anunciados no 31º aniversário do PSD, em Santarém, há três anos. O ex-ministro de Cavaco Silva nem sequer preencheu a ficha de inscrição.
Nas eleições intercalares à Câmara de Lisboa, também Fernando Negrão anunciou a formalização do vínculo ao PSD. Ao que o CM apurou, o processo acabou por não ser encaminhado e só recentemente a sede nacional se apercebeu do caso. A secção D de Lisboa está já a dar seguimento à filiação.
À Lusa, Paulo Rangel voltou a reiterar que é militante desde Maio de 2005. O que, na prática, lhe dá a possibilidade de assumir uma candidatura ao grupo parlamentar. "Inscrevi-me como militante do PSD a 6 de Maio de 2005, proposto pelo ex-presidente do partido Marques Mendes, sendo a ficha assinada por Aguiar-Branco."
Contactado pelo CM, Luís Marques Mendes recorda-se do convite a Rangel, mas o restante processo é--lhe desconhecido. "Não faço a menor ideia", afirmou o ex-líder quando confrontado com o encaminhamento dado à proposta. E acrescentou: "Sei que o convidei no aniversário do partido. Eram na altura 31 os militantes que foram apresentados, entre os quais Eduardo Catroga, mas ele esqueceu-se de preencher o formulário. Eu não assinei ficha nenhuma, só fiz as propostas políticas."
Os candidatos a militantes são sempre propostos por membros do partido. A inscrição pode ser encaminhada para a sede nacional, ou para as secções. São aliás, as secções que instruem o processo e dão o aval à proposta. Certo é que a ficha de Paulo Rangel está desaparecida e, ao que o CM apurou, há a possibilidade de nem sequer ter sido entregue.


À LUPA


INSCRIÇÃO
A inscrição de um militante no PSD tem de ser sempre proposta por um já militante. A ficha é submetida à avaliação da secção que aceita ou recusa a proposta.
CARTÃO NA MÃO
A secção política envia o aval à sede nacional, que atribui o cartão e acciona o pagamento de quotas.
‘VETO DE BOLSO’
Como o poder estava nas mãos das secções, instalou-se a figura do ‘veto de bolso’. Rui Rio instaurou a obrigatoriedade de as secções instruírem os processo emtrinta dias.
CONSELHO DE JURISDIÇÃO
O Conselho de Jurisdição diz estar disponível para resolver o problema, caso seja accionado.
Diana Ramos / José Rodrigues

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